segunda-feira, 13 de abril de 2009

.: Dia terceiro :.

Estou ouvindo tudo pela metade. Meio amargo, eu penso.
Nunca me escondi de nada, não temo quase nada, e até gosto de ver e ser vista de vez em quando. Tudo meio. Caminhei muito... a noite inteira e hoje percebi que não preciso ficar passeando por aí em busca de nada. Preciso parar. Preciso sumir de todo mundo que me veja. Não posso suportar a demasia. Não agora. Não hoje. Certas coisas não nasceram para mim. Estou existencialista hoje. Estou em tontura abissal, vou girando, espirais de medo, talvez um tango, ou uma dança latina qualquer, vou cair... será labirintite?
Estou escutando quase nada. E meus sonhos se derreteram feito sorvete no sol de minha cidade... meu riso ficou dolorido hoje. O que se há de fazer?
Gosto de não ser vista, também. Por isso deixo tudo à mostra, fica mais fácil de notar, mais fácil de tremer o futuro.
Se eu fosse um tecido, ou folha de papel, já teria me rasgado de tanto me repuxar em todas as direções...

Je t'aime d'amour! Eu digo e fujo.

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