segunda-feira, 6 de abril de 2009

.: Dia segundo :.

Mania de seguir caminhos que não são meus. De reler anseios exagerados que já se foram. De ser romântica mas não fatalista. Me deixei levar pela falta de tato. Pelos olhos apertados de tanto se fecharem... pelos dias que não me pronuncio.
Não tem nenhum sentido escondido aqui. Fica tudo muito óbvio quando de dentro de mim se me olha. O cheiro da chuva inebria o cheiro de flor. E todos bêbados vão bailar em nome de Dionísio. Em nome de Afrodite. Em cima dos nomes cheios de luz.
Estou fragmentada no dia segundo. Entro e saio das palavras quando deveria reconstruir de onde parei, a antiga história mal resolvida, que possivelmente não virará livro. Eu não prefiro ser como você.
O sangue pulsa no decorrer do sentido. Na verdade ele escorre em formato de margarida: é possível? Abra o sentido, destrua a percepção... se há momentos onde o improvável ocorre, não tente transformar o sentido em razão já conhecida. Simples: onde um cão fala, o sangue pode escorrer em formato de margarida, e poderemos voar por sobre o mar e gatos sempre desvendarão meus olhos negros...
Acredito seriamente no discurso repetido. É ritual, e todo rito tem poder quando refeito em seu original ritmo. Cante para mim todos os dias, e nunca vou deixar de me apaixonar.
O gosto de orvalho do mar ainda existe em mim. E vai persistir, posto que é só meu.

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