domingo, 27 de setembro de 2009

.: Dia Vinte e Cuatro :.

Você está fora, e você sabe que está aí fora, e não se importa, nem um pouco. Fora é o tipo da coisa que expressão nenhuma equivale, acho que se eu disser que você não se entrega é melhor caminho, creio que sim. Abro as portas, as janelas, as pernas e nada, você continua aí fora, olhando para cima, um olhar perdido, eu indignada chamaria de imundo, de doentio, febril. Te conheci assim, fora. Aí vem você me falar de hesitar e tal, e eu nem ligo por que ando muito entorpecida para isso, vou fingindo que não te vejo aí fora, vou cavalgando em minha vida, dentro da roda, mais comum que os mais comuns que existem, acho que é assim que sou vista. Mais ou menos assim. Saio e te pego pela mão, você me olha e continua aí fora, cheio de si, mais dependente que eu, e vai ficando pequeno, e isso pois está longe demais... vai diminuindo, longe, pequenininho. A pose que você faz me inebria, fica parado, todo torto, olhando para cima. Eu sei o que é, você vive esperando, mas isso eu não sei o que é, nem o lance de esperar, nem o que é que você espera. Vou ficar no hoje, meu melhor dia, sem esperar. Acho isso de esperar patético, já disse, pathos doentio... paixão.


Hoje não haverá uma frase de efeito no final. Que se foda!

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