sexta-feira, 19 de junho de 2009

.: Dia cuatorze :.

Ja passa da meia noite e me pergunto o quanto tenho sido hermética nestas linhas mal escritas. Procurar e destruir esse maldito momento misterioso é o próximo objeto de trabalho em mente. Necessito de mais viver e menos divagar, mais lembrar que estou viva e menos resoluções por escrito que me traduzem confusa e insegura a todo instante.
Toda hora sinto dor. Toda hora, sinto nos dentes, nas pernas, na unha do dedo mínimo do pé esquerdo, na cabeça, no coração. E nunca me lembro que estou viva. Passo frio, na sala de aula, no quarto, nas chuvas, no fundo do olho eu sinto, e não me lembro que tou viva. Calor, muito e quase sempre o calor, no ônibus, na sala de jantar, na cadeira em frente ao computador, muito calor pra não me lembrar de estar viva... É que vi num filme ou em um livro, não me lembro bem, que essas sensações servem pra nos lembrar de estar vivos. Mas eu não lembro. Nunca lembro. Talvez eu não queira.
Vou te contar que estou menos lírica que anteontem, que fico aqui querendo apenas ver essas páginas extensas, e mais e mais e mais e mais mais mais... desesperadamente mais. O meu pior defeito é o medo, a pior qualidade a ironia.

Para finalizar escreva aqui uma frase de efeito. Obrigada.

Um comentário:

  1. não sei nada sobre frases de efeito.
    eu tb preciso me lembrar q estou viva.

    beijo!

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